Ser criança é bom, porque há inocência.
Ser adolescente é bom, porque se começa a descobrir a realidade.
Ser adulto é bom, porque se tem liberdade.
Mas, e quanto à velhice? Também é boa.
É quando se descobre a plenitude da vida.
Para cada uma dessas fases há sempre altos e baixos,e não é diferente na
última delas.
O problema é que na velhice muitos fatores socioeconômicos, e até mesmo
existenciais, insistem em roubar a cena daquilo que é bom e que merece ser
vivido também.
A vida pode ser esplêndida em qualquer tempo,e na terceira idade existe uma
beleza que é importante ser descoberta para vivê-la.
Dependendo de como se encara a existência e a passagem do tempo,
a pessoa pode encontrar na velhice "alegria, serenidade,divertimento,
compreensão e apreciação maior e mais calma dos
É uma beleza diferente da que se vive na juventude,mas é tão intensa quanto,
vivemos numa época em que a juventude é endeusada,como se fosse a única fase
boa,
E a velhice é vista com horror.
Por isso mesmo, muita gente passa por diversos procedimentos para aparentar
menos idade.
"É uma atitude patética.
Quando aceitamos a velhice como apenas mais uma fase da vida, sempre em
transformação, conseguimos ser belas e elegantes", garante.
Cabelos brancos
A constatação da passagem do tempo não está apenas no olhar individual.
E a aceitação desse fator precisa ser de todos.
A sociedade inteira também precisa enxergar a delicada estampa de si mesma
pelo crivo do tempo.
No Brasil, os cabelos brancos surgem na multidão com muito mais intensidade a
cada ano.
Com tantas futuras senhoras e senhores, é hora de enxergar a velhice por
outro ângulo.
O lado bom da velhice é versátil e não traz à tona apenas o elemento da
beleza.
Há também a questão da longevidade,da vida em família, a lida diária com
filhos e netos,o amor,que em muitas famílias pode ser tormento,mas em tantas
outras tudo isso é trabalhado com sucesso no sentido de explorar a felicidade
possível.
Umas das chaves para o acesso a esse lado formidável da vida longeva é a
sociabilidade, procura de novos afazeres,novos afetos e amizades, conversas,
leituras,entre tantos outros exercícios.
Não seja velho seja idoso....
Autora:Lya Luft (73 anos) recebi por email
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